quinta-feira, 9 de outubro de 2014

MARLENE DIETRICH - AS PERNAS MAIS BELAS DO CINEMA




Marlene Dietrich foi, sem dúvida, uma grande mulher. Não somente por sua beleza e glamour, mas, por ter se engajado durante a II Guerra Mundial contra o Nazismo, indo diretamente para o Front, onde a guerra estava acontecendo e (correndo risco de morte) entretendo milhares de soldados que, por algum momento, se esqueciam dos horrores da guerra ao som de sua voz. Depois da Guerra, Marlene passou a cantar cada vez mais. Cantar os amores, dissabores e, principalmente, cantar pela paz.


Alemã de nascimento, naturalizou-se americana nos anos 30, em resposta aos nazistas que a queriam como musa. Quando foi para Hollywood, já como estrela de O Anjo Azul, ingressou como musa exótica. Hollywood sempre contratou estrelas internacionais, como Pola Negri, Greta Garbo, Asta Nielsen, entre outras, para exibi-las como mulheres fatais envoltas em mistério. A época pedia isso e até atrizes americanas, como Theda Bara, teriam suas biografias mudadas para se tornarem pessoas vindas de muito longe, do oriente ou de algum lugar onde só nossa imaginação podia vislumbrar.


A matéria de Raul Lellis, para O Cruzeiro, de 04 de junho de 1931, mostra essa realidade, onde o exótico encantava. Mas, também nos mostra o nascimento do mito Marlene Dietrich, cujas belas pernas encantaram até a idade avançada.
Marlene mulher, beleza e talento, das páginas de O Cruzeiro para o nosso blog, graças ao Arquivo Nirez.


Marcelo Bonavides de Castro




AS MAIS BELLAS PERNAS DO CINEMA

Por Raul Lellis

“Exotica flor meridional, nascida e creada na estufa dos valles germânicos, Marlene Dietrich tem em si, a um só tempo, no rosto a frieza estranha das mulheres nordicas, e no corpo a morna perfeição de linhas que é o maior thesouro das mulheres do sul.


Nos seus olhos, na curvatura forte dos seus labios, no arqueado leve dos seus supercilios, parece haver a sombra de um mysterio que a vontade e o espirito humano não penetram. Quando, lentas e doces, as suas palpebras descem, velando-lhe a luminosidade dos olhos irisados de fulgurações perturbadoras, quem a contempla, na tela embora, lembra, involuntariamente, a preguiça luxuriosa de um felino que cerrasse os olhos para melhor sonhar, nas trevas interiores, com a presa que lhe desperta a gula...     


Mas a vida, toda a vida dessa mulher fascinadora e differente de todas a mulheres, parece que se concentrou nas suas pernas, nessas pernas que falam mais do que os olhos, do que os labios, do que o corpo todo, nessas pernas que são como columnas talhadas por cinzel de mestre para sustentar-lhe a maravilha esculptural do corpo.


Hoje, depois de ter visto Marrocos e Deshonrada, os dois films da estrella, a critica americana, elogiando-lhe o trabalho, elogia-lhe tambem as pernas, por conta das quaes corre, no dizer de Von Sterneberg, cincoenta por cento de seducção da artista...


Que mulher!...
Della não dizem bastante os flagrantes photographicos que aqui ficam?
Seria crueldade exhibir mais...
Raul Lellis.”       


Obs. Matéria copiada na íntegra, com grafia, acentuação e pontuações originais.

































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