quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

JESY BARBOSA - 28 ANOS DE SAUDADE



Há 28 anos falecia a cantora e poetisa JESY BARBOSA.
Trago algumas de suas canções com sua interpretação única.




QUEM AMA VIVE A SOFRER
Canção de Sátiro de Melo
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.283-A, matriz 50229-2
Gravado em 09 de abril de 1930 e lançado em maio



SAUDADE DANADA
Canção de Joubert de Carvalho
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.283-B, matriz 50230-2
Gravado em 09 de abril de 1930 e lançado em maio



ILUSÃO DE AMOR
Tango canção de Homero Dornelas e Bastos Carvalho
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira, sob a direção de João Martins
Disco Victor 33.707-A, matriz 65453-2
Gravado em 13 de abril de 1932 e lançado em outubro de 1933



QUÉ MAS FINGE NÃO QUERÊ
Toada de Alfredo Dourado e Gilberto de Andrade
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira, sob a direção de Pixinguinha
Disco Victor 33.707-B, matriz 65474-2
Gravado em 28 de abril de 1932 e lançado em outubro



NINHO DESFEITO
Canção de Zelita Vilar e Réa Cibele
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.024-A, matriz 4658
Gravado em 28 de abril de 1933 e lançado em junho



NUNCA MAIS
Foxtrot de Zelita Vilar e Réa Cibele
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.024-B, matriz 4659
Gravado em 28 de abril de 1933 e lançado em junho








 Agradecimento ao Arquivo Nirez


















quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

27 ANOS DE PESQUISAS MUSICAIS



Há 27 anos minhas pesquisas musicais começaram oficialmente. 
Era 24 de dezembro de 1988. Eu tinha 13 anos de idade.

Já faziam alguns meses que eu buscava um novo tipo de música, mas, não sabia onde encontrar. Nessa época, estava passando a novela Vida Nova, na Rede Globo, onde a história se passava na década de 1940. Lembro que o que mais me fascinava, fora a recriação de época, eram as músicas que saiam dos rádios capelinhas, aquelas caixas de madeiras bem trabalhadas. Era um som abafado, diferente dos sucessos dos anos 80 que eu conhecia. A música era acompanhada de orquestra.

Lembro das músicas que tocavam nas cenas, como Deusa da Minha Rua interpretada por Sílvio Caldas (descobri o nome da canção e do cantor depois), e achava bonita, era algo com que eu me identificava. Por mais que eu gostasse dos sucessos pop´s, de Cyndi Lauper por exemplo, faltava algo. Eu não sabia identificar o quê. Depois de comprar o LP da novela, passei a buscar por mais músicas daquele estilo. Lembrei de uma cantora cuja imagem eu conhecia desde criança, principalmente dos tempos de carnaval: Carmen Miranda.
Eu pensava: essa cantora é do passado, cantava Mamãe eu Quero e Tico tico no Fubá, então, parece ser o que eu procuro.
E lá fui eu buscar a Carmen que o mundo conhecia.

Ao chegar na loja Francinet Discos, situada no primeiro Shopping de Fortaleza, o Center Um, eu encontrei dois LPs que me chamaram a atenção. O de Carmen e o de Dalva de Oliveira. Fui ouvir os dois. Porém, como meus ouvidos ainda não estavam educados e o disco da Carmen trazia suas gravações iniciais, feitas em 1930, eu estranhei. Afinal, buscava a Carmen de Mamãe eu Quero... Fui ouvir o de Dalva, onde ela era acompanhada pelo maestro Roberto Inglez. O LP da Revivendo trazia doze músicas que ela havia gravado em Londres no ano de 1952. Eu gostei do som, pois parecia o que saia dos rádios na novela. Era dia 23 de dezembro e, como sempre, eu demorava para escolher meu presente de Natal (até hoje é assim). Mas, foi esse disco que escolhi e ganhei de meus pais no dia 24. No dia seguinte, 25, ouvindo as faixas, decidi procurar por mais músicas e intérpretes desse estilo.

Finalmente eu havia me encontrado culturalmente e aquela sensação de vazio havia sumido. Era isso que eu buscava!
Com o tempo, fui educando meus ouvidos e, a medida que voltava no tempo, mais gostava das gravações. Logo depois, veio Carmen Miranda em sua fase brasileira e, quando ouvi novamente, me apaixonei. Francisco Alves, Mário Reis também chegaram. Aracy Côrtes chegou reinando absoluta em minha imaginação e ouvidos e, depois, veio Pepa Delgado, mas, conto essas histórias depois.

Após meu pai gravar a fita desse disco, eu ouvia o tempo todo. Kalu não saia do rádio, nem Ai Ioiô. Os parentes tomaram conhecimento e começaram a lembrar de músicas e intérpretes.


Lembro até hoje que o ambiente mudou, o som fazia com que tudo ficasse mágico. É uma sensação e lembrança que não sei descrever bem, mas, posso garantir que foi muito marcante e especial.
Agora, vamos ouvir a Dalva de Oliveira.

Obs. Alguns trechos da gravação podem apresentar defeitos.






Revivendo DALVA DE OLIVEIRA

COM ROBERTO INGLEZ E SUA ORQUESTRA



LADO A
Fim de Comedia, Carinhoso, Brasil Saudoso, Encontrei Afinal, Sem Êle, Noite de Natal

LADO B
Kalú, Fôlha Morta, Pequña, Distancia, Ai Yôyô (Linda Flôr), Lindo Presente






























































































sábado, 19 de dezembro de 2015

ADEUS À ISA RODRIGUES


ISA RODRIGUES
Revista Carioca, 1937.
Arquivo Nirez




Nessa semana, precisamente no dia 15 último, faleceu aos 88 anos a atriz ISA RODRIGUES, a Shirley Temple brasileira.

Elisa Rodrigues Correia de Melo nasceu em São Paulo, a 17 de julho de 1927.

Era filha dos atores Alzira Rodrigues Bouza e Benito Rodrigues Bouza. Tendo iniciado sua carreira cantando e sapateando por volta de 1934, recebeu o título de Shirley Temple brasileira, já que a pequena atriz americana homônima estava em pleno sucesso.

Menina prodígio, atuou com sucesso na Rádio Nacional.


Isa Rodrigues.
Revista Carioca, 1937.
Arquivo Nirez.



Isa Rodrigues.
Revista Carioca, 1937.
Arquivo Nirez.


Quando cresceu, Isa Rodrigues tornou-se vedete e brilhou nos teatros e na TV Excelsior.

No cinema, atuou em cinco filmes.

Desde 1990, quando faleceu seu esposo, o também ator Carlos José Correia de Melo, ela decidiu morar no Retiro dos Artistas. Deixou filhos e netos.

Sua despedida artística aconteceu em 1985 na peça Viva a Nova República, que foi encenada no teatro do Copacabana Palace.



Isa Rodrigues (de vermelho) e Daniele Ramalho.
http://www.danieleramalho.com.br/




Depoimento de Isa Rodrigues










quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ALZIRINHA CAMARGO - 100 ANOS

Alzirinha Camargo, figura graciosa do "broadcasting", enfeitiçou os paulistas e se fez, agora,
um dos ídolos dos cariocas. Figurou nos "films" "Allô, Allô, Carnaval" e "Fazendo fita".
Revista Carioca, 1936.
Arquivo Nirez



Há 100 anos nascia a cantora e atriz ALZIRINHA CAMARGO. 


Alzira de Camargo nasceu em São Paulo, no bairro do Brás, em 10 de dezembro de 1915.
Foi criada por seus padrinhos em Itapetininga (SP), onde se formou professora da Escola Normal.

Não chegou a lecionar, pois, o rádio a encantou. 
Com 17 anos, em 13 de junho de 1933, estreou na Rádio Record de São Paulo.

Após firmar carreira em algumas rádios paulistanas, Alzirinha foi levada por Silvia Autuori (conhecida por Tia Chiquinha) para o Rio de Janeiro, em novembro de 1935. Lá, apresentou-se na Rádio Cruzeiro do Sul, fazendo logo sucesso.

Jovem, bonita e talentosa, Alzirinha logo seria convidada a participar do cinema, estreando em Fazendo Fita (1935), comédia musical dirigida por Vittorio Capellaro. 

Em 1936, gravou seu primeiro disco na Victor com as músicas: Cinquenta por Cento (50%), marcha de Lamartine Babo; e Você vai se arrepender, samba de Germando Augusto, Kid Pepe e Alberto Fabel.
Nesse mesmo ano, foi contratada para cantar em uma cadeia de cassinos espalhada por todo o país.

Apareceu vibrante no filme Alô, Alô Carnaval (1936), com direção de Adhemar Gonzaga. 
Em 1937, Raul Roulien a dirigiu em O Grito da Mocidade.
Em 1954 apareceria no filme português Agora é que são elas, dirigido por José César de Sá e Fernando Garcia.

Quando excursionou em Buenos Aires, em 1936, Benedito Lacerda compôs para ela a marcha Meu Buenos Aires Querido e, com Herivelto Martins, o samba Ritmo do Coração. Os argentinos adoraram.

Com sucesso nas rádios, cassinos e discos, Alzirinha Camargo partiu para os EUA em 1940, quase a mesma época que Carmen Miranda. Ficou até 1949, apresentando-se ao lado do esposo, o maestro peruano Ciro Rimac.

Entre 1950 a 1953, percorreu a Espanha e Portugal, apresentando-se no Cassino Estoril.
Regressou ao Brasil em novembro de 1953, sendo contratada pela Rádio Nacional para fazer o programa Gente que brilha, de Paulo Roberto.

Nos anos seguintes, ela atuaria ocasionalmente em rádios e televisão, e também gravaria algumas músicas na Polydor.

Em 1964, abandonou a vida artística e tornou-se funcionária pública do INSS, no Rio de Janeiro. 
Quando se aposentou foi morar em Santos (SP), onde faleceu em 09 de dezembro de 1982, um dia antes de seu 67º aniversário.



Alzirinha Camargo, 1936.
Revista Cinearte.
http://www.bjksdigital.museusegall.org.br/




Curiosidades:
Em 1936, Alzirinha Camargo media 1,65 e pesava 50 quilos.
Seus cantores preferidos, em 1976 eram: Carmen Miranda, Francisco Alves, 
Elis Regina e Roberto Carlos.

                     














sábado, 5 de dezembro de 2015

ADEUS À MARÍLIA PÊRA




Em 1991, eu fui assistir, com minha avó Aldaísa, ao espetáculo Elas por Ela, estrelado por Marília Pêra, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza.

Eu sabia que em algum momento ela sortearia um livro sobre Carmen Miranda, que eu queria muito.
Mas, o espetáculo me chamava a atenção pelo fato de Marília interpretar várias cantoras da MPB, entre elas Aracy Côrtes e Carmen Miranda, minhas preferidas.

No intervalo, ela sentada no palco, com o bonitos cabelos negros soltos, conversava com o público.
Perguntaram o que ela fazia para ser tão boa atriz, e sua resposta foi "Eu fiz escola com Bibi Ferreira".

Eu estava na parte térrea do teatro, perto do palco e, quando ela falou que ia sortear algo importante, eu levantei o braço. Felizmente, uma de suas acompanhantes me viu e já apontou o dedo para mim.
Eu havia ganho o livro, de Cassio Emmanuel Barsante.

Marília me disse, "Marcelo, você vai adorar este livro".
Minha avó me beijou feliz e satisfeita por eu estar tão contente.

Hoje, soube que Marília Pêra faleceu. Uma de nossas maiores artistas, de todos os tempos.
Lembro aquele longínquo 1991 e penso, "É verdade, Marília, eu adorei o livro!".






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